segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Pra matar a saudade dos tempos de poeta....

                                                                                                       PIRENÓPOLIS

A chuva era embalada por uma suave brisa,
e o silêncio invadiu o quarto.
A rede balançava na varanda,
e o céu embruscado era iluminado por relâmpagos
que cortavam a escuridão da noite Pirenopolina.
Não havia energia,
e o breu dominava todo o ambiente.
O cheiro orvalhado das plantas molhadas
invadia as narinas afinadas do seresteiro,
que dedilhando o violão,
rompia o silêncio e a escuridão,
com uma suave composição
dedicada ao tesouro que é essa terra.
Falava das serestas,
da Igreja Matriz e do Bonfim,
pincelava as Cavalhadas,
dizia das cachoeiras,
de sua deslumbrante natureza
abençoada por Deus,
que lhe proporcionou tamanha beleza,
traçada nos casarões antigos
que compõem a Rua Direita,
desaguando de forma feliz
na lateral da Igreja Matriz.
Dizia ainda da Rua Aurora,
que ao raiar do dia,
recebe em seu leito
os primeiros raios de sol,
enquanto na Rua do Rosário,
os bares são fechados,
tomados por turistas,
boêmios e artistas,
colorindo a cidade
que a todo coração conquista,
sempre deixando lembranças,
a todos que no Rio das almas se lançam,
para sentir no corpo suas águas frias,
que contrariam a forma calorosa
e cheia de magia,
com que o povo de Pirenópolis,
recebe a todos em seu dia a dia.

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