O sufoco
de uma doença grave, a proximidade da morte, os extremos que a vida
impõe, nos levam a profundas reflexões, mas não são necessários
para chegarmos a tais reflexões, vivenciando circunstâncias tão
extremas na vida. Podemos concluir que a vida é curta, é prazerosa
e que devemos valorizar mais quem nos ama verdadeiramente, sem ter que beirar
a morte. Podemos visualizar um pôr do sol maravilhoso, uma flor que desabrocha, o sorriso de uma criança, ou seja, as pequenas coisas da
vida, sem termos que adoecer. Podemos amar mais, declarar mais o
nosso amor, dedicar mais tempo ao próximo e a nós mesmos sem a
necessidade de transitarmos rumo àquela luz que muitos falam. Viver
o agora com intensidade e verdade, fazer o máximo por quem se ama,
aproveitar esse momento até a última gota, amar intensamente,
valorizar as pequenas coisas, caminhar de mãos dadas, olhar nos
olhos de quem se ama, viver, viver muito, etc., é o que vale à
pena, e não fazer isso tudo quando não há mais tempo, de forma
apressada pelo arrependimento. Viver cada dia como se fosse o último
de nossa passagem por aqui. Simples e direto. Aproveitar o agora, pois não se sabe se haverá o amanhã...
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